Quando em 2014 fui desafiado a coordenar o núcleo de voluntariado que ajudara a fundar, após um encontro entre a comunidade académica e a GRACE, nunca imaginei que uma década depois, já sob novo nome e imagem, a MAIS fosse, orgulhosamente, uma referência académica como é! 

Foi para mim muito desafiante liderar um projeto com um conjunto de pessoas (não uma equipa coesa), onde vigoravam muitas dúvidas e, sobretudo, concepções muito diferentes do que deveria ser a MAIS (na altura I+S - ISEG+Solidário).

O nome foi mesmo a primeira "guerra"!

Apesar de alguma contestação à minha liderança,  caminho fez-se, como diz o ditado, caminhando.

Após a maioria dos alunos que pertenciam à MAIS, me terem designado como líder (não sei ainda à data de hoje se por me reconhecerem vontade e competência para não deixar morrer o projeto ou, se por não gostarem mesmo nada de mim e me querer ver em apuros sem terminar o curso), o difícil tornou-se o possível.

Há que agradecer hoje a todos os que nessa altura, ao meu lado, lutaram pelo projeto e para que a MAIS fosse feita por alunos e para alunos, com independência total de outros grupos ou "instituições" dentro da muy nobre instituição que é o ISEG.

O que se fez afinal naquele tempo? Bem, estabelecer três departamentos "core" para estruturar o trabalho; criar parcerias com associações; levar a cabo apresentações sobre o I+S aos stakeholders; reunir com o corpo dirigente da nossa faculdade para cedências de espaços e sinergias em atividades; e por fim, de forma autocrática (que não me orgulha), escolher a minha sucessora.

Se a MAIS está hoje onde está é sem dúvida pela dedicação das centenas de alunos que por ela foram passando. Para este primeiro ano a meu cargo ficam apenas os louros de não ter deixado o projeto morrer. 10% capacidade 90% casmurrice!

Gosto de acreditar que estive no momento certo à hora certa. Isto porque ficarei, como demonstra este texto a pedido de quem está agora na MAIS, eternamente ligado à sua fundação. Só eu sei o que me orgulha. Mas, em boa verdade vos digo, que o que fui foi um mero servente. Jovem com sonhos e muita vontade, que só queria ajudar os meus colegas a utilizarem o seu tempo livre e útil ao serviço da comunidade, como eu fiz naquele dia com a GRACE e a comunidade ISEGuiana.

Espero que a MAIS continue a fazê-lo por muitos MAIS anos. A todos os que me lerem e pensarem em servir a comunidade pertencendo a um projeto com impacto nas suas vidas e principalmente na dos outros, força a MAIS espera por vós!